Sábado, 22 de abril, 15 horas. O Teatro Sá da Bandeira esgotou para a apresentação de “Histórias da Nossa História” – um projeto de expressões (dramática, plástica, musical) que, desde o início do ano letivo, mobilizou alunos, professores, assistentes operacionais e pais da Escola Básica do Bom Sucesso para a encenação, coreografia e produção de um espetáculo vivido por todos com entusiasmo.
“Os adereços, o empenho das crianças, dos pais, dos professores…Tudo estava perfeito e todos merecem estar muito orgulhosos, porque foi digno de se ver”, registou a Engenheira Mimosa Pinho, em nome da União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos.
O roteiro compreendia uma sucessão de quadros dramáticos com inspiração em momentos ou episódios da história e da cultura portuguesas: «Milagre das Rosas», «Deuladeu Martins», «Sermão aos Peixes», «Fino como o Alho», «Ínclita Geração», «Marquês de Pombal», «A Iluminada» e «Cunha ao Camões» foram alguns dos sketches, “contados por nós, com algum humor e sarcasmo”, explicou a Coordenadora da Escola, numa curta apresentação do espetáculo. “Todos deitamos mãos à obra, mas este entusiasmo e conjugação de vontades só foi possível com a ajuda imprescindível do professor Carlos Oliveira”, adiantou Ângela Mª Bastardo, reforçando que o docente “pensou, escreveu os textos e as canções, encenou e ajudou a ensaiar os alunos.”
Tarefas que não são novidade para Carlos Oliveira, que desde meados da década de 1980 tem escrito e encenado vários projetos, inicialmente levados à cena em salões de juntas de freguesia, mas tendo chegado a auditórios como o Fórum da Maia, Casa das Artes e, este ano, o Sá da Bandeira. “Foi o mais ambicioso e o que teve maior assistência”. E se é certo que projetos desta natureza acrescentam algum desgaste à atividade docente quotidiana, eles compensam pela satisfação e pelas inegáveis vantagens pedagógicas que proporcionam. “Os benefícios que os alunos colhem, a nível da autoestima, da responsabilidade, do sentido do coletivo e da capacidade de esforço próprio, propiciam melhoria de resultados em áreas que, aparentemente, nada têm a ver com artes performativas, como a Matemática”, considera Carlos Oliveira.
Numa saudação final a todos os presentes, Ângela Mª Bastardo deixou um compromisso em nome de todo o Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique: “Vamos continuar a tentar fazer coisas diferentes em prol de uma escola pública de qualidade, onde todos gostem de se rever e onde as crianças e jovens aprendam a ser adultos participativos; uma escola de cidadania, onde pais, professores e assistentes não se cansem de dar o seu melhor e onde os órgãos autárquicos continuem a estar presentes, apoiando e colaborando.”
E logo na segunda-feira seguinte, a animação tomou conta do Bom Sucesso, com o início de mais uma Semana da Leitura promovida pela BE/CRE do Agrupamento: audições do programa Aqui há História e gravação de mensagens na Rádio Miúdos; leitura de lengalengas e quadras ao desafio; visionamento de curtas-metragens de animação realizadas por escolas (ANILUPA); ilustração de histórias e pintura de cortinas; leitura de contos por encarregados de educação, nas salas, antes das aulas; pintura de um tapete de palavras a partir de «A Maior Flor do Mundo»; três sessões com a escritora Nádia Pereira; demonstração de capoeira – foram algumas das atividades dirigidas aos alunos da escola e do jardim de infância.
Professor António Baldaia
EB Bom Sucesso